quinta-feira, 22 de janeiro de 2015

O autor do mês

 Alves  Redol foi o autor do mês de janeiro.
António Alves Redol nasceu em Vila Franca de Xira no dia 29 de Dezembro de 1911 e faleceu em Lisboa no dia 29 de Novembro de 1969. Era filho de António Redol da Cruz, um comerciante modesto, e de Inocência Alves Redol, frequentou o Colégio Arriaga, em Lisboa, onde concluiu o curso comercial em 1927.
Espírito curioso, atrás do balcão da loja de seu pai teve oportunidade de se aperceber do mundo dos gaibéus, dos avieiros, dos camponeses e dos pescadores da sua região. Aos 15 anos lançou as suas impressões num artigo que foi publicado na "Vida Ribatejana", semanário da localidade.
Partiu para Angola em 1928, onde ficou durante três anos. Esta passagem por Angola não foi muito feliz, mas trouxe-lhe experiências que lhe deram uma outra visão do mundo e lhe serviram mais tarde na sua actividade literária.
Em 1936 regressou a Portugal e juntou-se ao Movimento de Unidade Democrática, que se opunha ao regime do Estado Novo, tornando-se militante do Partido Comunista. Empregado de escritório de profissão, começa por tomar parte muito activa na vida social da região do concelho de Vila Franca de Xira.
Iniciou a sua actividade literária em 1936 e tornou-se colaborador do jornal O Diabo, para onde escreveu crónicas e contos ribatejanos. No ano de 1939 publicou Gaibéus, romance que retrata as modestas condições de vida dos camponeses da região do Ribatejo. Essa obra, além de marcar, de maneira propriamente dita, o início da sua carreira literária, serve também para consolidar o movimento Neo-Realista em Portugal.
Segundo palavras do próprio Alves Redol, na epígrafe de Gaibéus, "não pretende ficar na literatura como obra de arte. Quer ser, antes de tudo, um documentário humano fixado no Ribatejo. Depois disso será o que os outros entenderem."
Essas palavras, além de resumirem os ideais do movimento Neo-Realista em Portugal, servem também para demonstrar a preocupação que Alves Redol tinha de não ver sua obra literária limitada somente ao campo da ficção. O que ele queria era, a partir da experiência vivida e documentada, transformar a sua obra num instrumento de transformação da sociedade e isso só seria possível da denúncia das injustiças sociais.
Além de ir para a Ribeira do Tejo ouvir as histórias dos trabalhadores e das varinas e do Ciclo do Arroz, "viveu no Pinhão para ficar a conhecer o Douro e as suas gentes, descendo o rio com as tripulações dos barcos rabelos, esteve à beira de um naufrágio nos mares da Nazaré, ao sair para a faina com os pescadores para preparar "Uma Fenda na Muralha".
A Vida Mágica da Sementinha, vai ser  a obra lida pelos  alunos do 5º ano e  a BE-A já tem tudo preparado para motivar os alunos para a leitura.
 

 
   Espera-se uma boa safra de leitura  e de leitores.